sábado, 22 de agosto de 2009

Salmo 12


Ao mestre do canto, acompanhado na “Sheminit”, um salmo de David. Salva-me, Eterno, pois não há mais piedosos e, dentre os filhos dos homens, desapareceram os que Te são fiéis. Falsidades são pronunciadas por cada qual para com seu próximo, com duplicidade e falas aduladoras. Destrói, ó Eterno, os lábios bajuladores e a língua que fala com soberba, aqueles que dizem “Prevaleceremos sobre todos com nossa língua; com lábios como os nossos, quem pode ser nosso senhor?” Por causa dos gemidos dos desvalidos e do roubo contra os carentes, “Agirei agora”, dirá o Eterno, “Trarei salvação aos que por ela suspiram.” As palavras do Eterno são confiáveis e sinceras, puras como a prata, por sete vezes depurada no cadinho. Tu, Eterno, os protegerás, preservá-los-ás desde agora para sempre. Em vão os circundam os ímpios, enquanto dentre todos os homens eleva os piedosos.

Salmo 11


Ao mestre do canto, um salmo de David. No Eterno eu me refugio; como me poderão dizer: “Foge para a montanha, como um pássaro perseguido”? Vede que os ímpios vergam seus arcos e posicionam suas setas, para das sombras dispará-las contra os íntegros. Quando destruídos são seus alicerces, o que poderia o justo fazer? O Eterno, de Seu sagrado templo, de Seu trono celeste perscruta e Seus olhos vêem; Seu mirar analisa os homens. O Eterno protege o justo, mas o malvado e o injusto Ele rejeita. Sobre os perversos fará chover fogo e enxofre; uma incandescente rajada será sua porção. Pois justo é o Eterno, que ama a retidão, e os puros contemplarão Sua face.

Salmo 10


Por que Te manténs distante, ó Eterno? Por que Te ocultas em tempos tormentosos como estes? O perverso, em sua maldade, persegue os pobres e em suas armadilhas o aprisiona. O cobiçoso se vangloria de sua incontida ambição e o iníquo ousa blasfemar contra o Eterno. Em seu orgulho, diz o malévolo: “Ele não me julgará; Deus não existe” – este é o seu pensamento. Bem sucedidos parecem ser seus caminhos. De Teus julgamentos se distanciam. Seus inimigos ele despreza. Ele pensa em seu coração: “Nada me fará tropeçar; em nenhuma geração enfrentarei a adversidade.” Sua boca está repleta de promessas, fraudes e malícia, e sob sua língua há discórdia e iniqüidade. Junto às aldeias se põe à espreita, e ocultamente mata o inocente; seus olhos espionam o oprimido. Como um leão em sua cova, atocaia o pobre para em suas redes o capturar. Se abaixa, rasteja, e sob seu poder, caem os indefesos. Diz seu coração: “Deus esqueceu; Ele escondeu sua face e nada pode ver.” Ergue-Te, Eterno! Estende Tua mão e não esqueças os desamparados, ó Deus. Por que o perverso Te insulta e diz em seu coração: “Não há de punir”? Mas Tu vês. Observas a labuta fatigante e a amargura desesperançada e estendes Tua mão confortadora. Em Ti se apoia o oprimido e ao órfão trazes auxílio. Esmaga o braço do perverso e questiona a maldade do pecador, para que desapareça. O Eterno reina e reinará para todo o sempre, enquanto exterminados foram os povos que contra Ele se rebelaram. Dá ouvido ao clamor dos oprimidos, ó Eterno, dá firmeza a seu coração e ouve-os, para que vingados sejam o órfão e o desamparado, para que não mais possam os homens da terra se tornar tiranos.

Salmo 9


Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.
2 Em ti me alegrarei e exultarei; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo;
3 porquanto os meus inimigos retrocedem, caem e perecem diante de ti.
4 Sustentaste o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.
5 Repreendeste as nações, destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente.
6 Os inimigos consumidos estão; perpétuas são as suas ruínas.
7 Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para exercer o juízo.
8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; julga os povos com eqüidade.
9 O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia.
10 Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam.
11 Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos.
12 Pois ele, o vingador do sangue, se lembra deles; não se esquece do clamor dos aflitos.
13 Tem misericórdia de mim, Senhor; olha a aflição que sofro daqueles que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte.
14 para que eu conte todos os teus louvores nas portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação.
15 Afundaram-se as nações na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.
16 O Senhor deu-se a conhecer, executou o juízo; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos.
17 Os ímpios irão para o Seol, sim, todas as nações que se esquecem de Deus.
18 Pois o necessitado não será esquecido para sempre, nem a esperança dos pobres será frustrada perpetuamente.
19 Levanta-te, Senhor! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações na tua presença!
20 Senhor, incute-lhes temor! Que as nações saibam que não passam de meros homens!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Salmo 8


Ao mestre do canto, acompanhado com o instrumento “Guitit”, um salmo de David. Ó Eterno, nosso Deus! Quão majestoso é o Teu Nome em toda terra, Tu que estendeste Teu esplendor sobre os céus! Até do balbuciar das crianças e lactentes crias força contra Teus detratores, para destruir inimigos e malévolos. Quando contemplo Teus céus, obra dos Teus próprios dedos, vejo a lua e as estrelas que criaste, e me pergunto: o que é o ser humano para que dele Te lembres? E o filho do homem, para que o consideres? Entretanto, pouco menos que os anjos o fizeste e de glória e esplendor o coroaste. Tu o puseste como soberano sobre as obras de Tuas mãos; tudo puseste a seus pés: ovelhas e gado, todos eles, e também os animais do campo, os pássaros do céu, os peixes do oceano e tudo o que se move sobre os caminhos dos mares. Ó Eterno, nosso Deus! Quão majestoso é o Teu Nome em toda a terra!