sábado, 18 de setembro de 2010

Salmo 35


De David. Combate, ó Eterno, meus adversários; guerreia com os que contra mim se erguem. Veste o escudo e a armadura e levanta-Te em meu auxílio. Empunha a lança e o machado contra meus perseguidores, e à minha alma fala: “Eu sou a Tua salvação!” Sejam humilhados e envergonhados os que atentam contra minha alma; retrocedam e se desesperem os que tramam meu mal. Que sejam como a palha ao vento, e que o anjo de Deus os disperse. Que sejam tenebrosos e escorregadios os seus caminhos, e que o anjo de Deus os persiga. Pois sem motivo me expuseram a uma armadilha, sem motivo escavaram uma cova para mim. Que de súbito os alcance o desastre, e na rede que contra mim armaram, eles mesmos venham a ser presos. Minha alma se rejubilará no Eterno e exultará na Sua redenção. Todo o meu ser proclamará: “Eterno, quem é como Tu?” É Ele quem salva o aflito do mais forte; e ao pobre e ao necessitado de seu usurpador. Testemunhas maliciosas indagar-me-ão sobre o que não sei. Pagar-me-ão o bem com maldade, enlutando minha alma. Entretanto, em sua adversidade me cobri de luto e com jejum afligi minha alma; possam beneficiar a mim as preces que por eles fiz. Como por um companheiro ou por um irmão me senti compadecido, como um enlutado por sua mãe entristeci-me. Porém, quando tropecei, eles se alegraram e contra mim se ajuntaram, golpeando-me sem que eu soubesse por que; sem cessar me atacam. Com escárnio e zombaria me insultaram. Rangeram seus dentes contra mim. Eterno! Até quando tolerarás? Resgata minha alma de suas tentativas de destruição, minha vida dos que me atacam como leões. Louvar-Te-ei perante multidões, perante todos Te enaltecerei. Que sobre mim não se rejubilem triunfantes meus inimigos gratuitos, e que não pisquem os olhos em zombaria, os que sem causa me odeiam. Pois que eles não falam em paz, mas palavras de perfídia dirigem aos homens pacíficos da terra. Contra mim escancaram suas bocas e exultam dizendo: “Vimos com nossos olhos!” Viste o que fazem, ó Eterno! Não ignores seus atos! Eterno, não Te afastes de mim! Levanta-te para fazer justiça, em defesa de minha causa, ó Eterno! Julga-me segundo a Tua justiça, ó Eterno, meu Deus, e não permita que se regozijem meus detratores. Que não digam em seus corações: “Nossa alma está exultante!” E não exclamem: “Nós o devoramos!” Que se confundam e se envergonhem os que se alegram com minha desgraça; que se cubram de humilhação e frustração os que se erguem contra mim. Que se alegrem e cantem os que almejam meu triunfo e proclamem sempre: “Exaltemos o Eterno que Se compraz com o bem-estar de Seu servo.” E minha voz enaltecerá Tua justiça e cantará todo dia em Teu louvor.

Salmo 34

De David, quando fingiu loucura diante de Avimélech, que o fez expulsar, e ele se pode ir. Bendirei ao Eterno por todo o tempo e em minha boca estará sempre o Seu louvor. No Eterno se glorificará minha alma; ouçam isto os humildes, e se alegrem. Engrandecei comigo ao Eterno e, a uma só voz, exaltemos, juntos, o Seu Nome. Busquei o Eterno e Ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou. Os que a Ele se voltam são iluminados por sua luz, e seus semblantes jamais se cobrem de vergonha. Quando clama o pobre, o Eterno o ouve e o livra de todas as suas atribulações. Acampa o anjo do Eterno ao redor dos que O temem e lhes traz salvação. Considerai e vede quão bom é o Eterno. Bem aventurado é o que Nele confia! Que temam ao Eterno seus consagrados e nada lhes há de faltar. Podem os leões sofrer de fome, mas para os que buscam ao Eterno, nada faltará. Vinde, filhos, e escutai-me; ensinar-vos-ei o temor ao Eterno. Quem é o homem que ama a vida e deseja longos dias para aproveitá-la em felicidade? Aquele que guarda do mal a sua língua e cujos lábios não pronunciam falsidades; que se desvia do mal e pratica o bem, busca a paz e segue seu caminho. O Eterno tem Seus olhos fixos nos justos, Seus ouvidos atentos a seu clamor. Desvia o Eterno Sua face dos malfeitores para, da terra, erradicar sua lembrança. Clamam ao Eterno os justos. Ele os escuta e livra-os de todas as suas atribulações. O Eterno apoia os alquebrados de coração e salva os de espírito contrito. Numerosas são as aflições dos justos, mas Ele os livra de todas elas. Preserva todo o seu ser, nem sequer um osso é quebrado. A própria maldade destruirá o ímpio e, por seu ódio ao justo, lhe advirá condenação. Resgata o Eterno a alma de Seus servos; os que Nele buscam refúgio, jamais perecerão.