sábado, 25 de dezembro de 2010

Salmo 38


Salmo recordatório de David. Eterno, não me punas em Tua ira nem me castigues em Teu furor. Porquanto Tuas setas me alcançaram e Tua mão me atingiu. Não há em mim qualquer parte ilesa devido à Tua indignação, nem há paz nos meus olhos por causa de meu pecado. Pois minhas iniqüidades ultrapassaram meus limites, como uma carga excessiva sobre mim. Infectadas e purulentas estão minhas feridas devido à minha insensatez. Estou por demais abatido e curvado, todo o dia ando acabrunhado. Meu corpo arde em febre e não há parte ilesa em minha carne. Como estou debilitado e abatido, provoca rugidos a angustia de meu coração. Ó Eterno! Ante Ti estão todos os meus desejos e nem meu suspiro Te fica oculto. Meu coração palpita e minhas forças se esvaem; até a luz dos meus olhos me deixou. Meus amigos e companheiros afastam-se de minhas feridas e meus próximos se conservam à distância. Os que desejam destruir minha alma, tramam contra mim, e os que buscam o meu mal, tecem calúnias e continuamente proferem falsidades. E eu, como um surdo nada escuto, e como um mudo nada falo. Me comporto como um homem que não ouve e em cuja boca não há argumentos. Pois em Ti, Eterno, espero; Tu me responderás, ó Eterno, meu Deus. Pois eu disse: “Que não se regozijem sobre mim, e que não se agigantem contra mim ao resvalar meu pé.” Estou prestes a cair e o meu sofrimento está sempre presente. Minha iniqüidade confesso e inquieto-me com meus pecados. Mas meus inimigos se fortalecem, e se multiplicam os que me odeiam sem razão. Aqueles que pagam o bem com o mal me hostilizam porque o bem busco praticar. Não me abandones, ó Eterno, meu Deus! Não Te afastes de mim. Apressa-Te em meu auxílio, ó Eterno, Deus de minha salvação.

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