sábado, 25 de dezembro de 2010

Salmo 39


Ao mestre do canto, para ser cantado com “Iedutun”, um salmo de David. Eu disse: “Serei cuidadoso em meu caminho para não pecar com minha língua; amordaçarei minha boca na presença do iníquo.” Emudeci, silenciei de falar o bem, e minha dor cresceu. Meu coração incandesceu, meus pensamentos se incendiaram e eu disse: “Diz-me, ó Eterno, qual será meu fim e qual a extensão de meus dias, para que eu me aperceba quão fugaz é minha vida.” Em alguns palmos dimensionaste minha vida; sua extensão é como um nada diante de Ti; toda a existência humana é como uma total futilidade. Como uma sombra passa o homem pela vida e fútil é sua luta fatigante; acumula riquezas, mas não sabe quem as recolherá. Então, que posso pretender? Toda minha esperança em Ti deposito. Resgata-me de minhas transgressões e não me deixes ser um indigno entre os infames. Emudeci, minha boca não abri para reclamar ante o que fizeste. Remove de mim Tua praga, pois pelo golpe de Tua mão caí. Como advertência afliges o homem por sua iniqüidade, consumindo como uma traça os seus bens; vazia é a vida de todo ser humano se ele não se volta para Ti! Ouve minha oração, ó Eterno, e atende minha prece; não ignores minhas lágrimas, porquanto, perante Ti, sou um forasteiro, como o foram meus antepassados. Liberta-me para que eu recupere minhas forças, antes que eu me vá deste mundo e termine minha existência.
 

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