sábado, 16 de janeiro de 2010

Salmo 18


Ao mestre do canto, do servo de Deus, David, que falou ao Eterno as palavras deste cântico, no dia em que o Eterno o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. E disse: Eu te amo, ó Eterno, a minha força! O Eterno é minha rocha e minha fortaleza, meu libertador; Deus é o meu rochedo e Nele me refugio; meu escudo e a força da minha salvação, meu baluarte. Louvores entoarei ao Eterno e de meus inimigos serei salvo. Ondas de morte me cercaram e torrentes dehomens malvados me confrontaram. Cordas do inferno me cingiram, prenderam-me laços de morte. Em meu infortúnio clamei ao Eterno e o meu Deus invoquei; do Seu Templo Ele atentou a minha voz; a seus ouvidos chegou meu clamor. E estrondeou e estremeceu a terra, e as bases das montanhas tremeram; elas se abalaram porque Ele se irou. De Suas narinas subiu uma fumaça e de Sua boca um fogo devorador, carvões por Ele acesos. Inclinou os céus e desceu; sob Seus pés havia neblina. Cavalgou um “querubim” e voou , pairando sobre as asas do vento. Ocultou-Se num véu de escuridão, envolto em Sua tenda, com águas escuras e nuvens espessas. Pelo resplendor da Sua presença, atravessam Suas nuvens granizo e carvão incandescente. O Eterno fez trovejar os céus, o Altíssimo fez soar a Sua voz, com granizo e carvão incandescente. Disparou Suas flechas e os dispersou, e com relâmpagos os abalou. E apareceu o fundo dos mares e se descobriram os fundamentos do mundo ante Tua repreensão, Eterno, e pelo sopro do vento de Tua cólera. Do alto, me tomou, salvando-me das muitas águas. Livrou-me de um inimigo possante e daqueles que me odiavam, porque eram mais fortes do que eu. Acossaram-me no dia da minha calamidade, porém o Eterno Se fez o meu esteio. Tirou-me para um amplo lugar, e arrebatou-me dali, porque Se comprazia em mim. Recompensou-me o Eterno conforme a minha retidão; conforme a pureza das minhas mãos me retribuiu. Porque guardei os caminhos do Eterno e não me apartei impiamente do meu Deus. Porque todos os Seus mandamentos estavam diante de mim e de Seus estatutos não me desviei. Perante Ele fui íntegro, e guardei-me da iniqüidade. E o Eterno me retribuiu segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos diante dos Seus olhos. Com o caridoso Te mostras benigno, com o íntegro Te mostras justo. Com o puro Te mostras reto, com o perverso Te mostras sutil. Pois o povo aflito Tu livras, e os olhos altaneiros abates. Tu iluminas minha lâmpada, ó Eterno, meu Deus; afastas de mim as trevas. Porque Contigo enfrento exércitos, com meu Deus atravesso muralhas. O caminho de Deus é perfeito, a palavra do Eterno pura, Ele é o escudo de todos os que Nele confiam. Pois quem é Deus senão o Eterno? E quem é rochedo senão nosso Deus? Cinge-me com força, ó Eterno, e guarda o meu caminho. A meus pés deu agilidade como dos cervos, e sobre as alturas me eleva. Instrui minhas mãos para a guerra, para que meus braços distendam um arco de cobre. O escudo da Tua salvação me concedeste, Tua Destra me tem sustentado e por Tua condescendência me engrandeceste. Alargaste o caminho para meus passos e não deixaste vacilar meus pés. Persegui os meus inimigos e os alcancei, e nunca voltei até os consumir. Esmaguei-os e não mais se puderam levantar, caíram todos sob meus pés. Cingiste-me de força para a guerra, e abateste os que contra mim se levantaram. Curvaste a nuca dos meus inimigos, daqueles que me odiavam, e os destruí. Clamaram ao Eterno, porém não houve quem os socorresse. Eu os triturei como o pó que o vento carrega; como a lama das ruas os tratei. Das contendas do povo me livraste, como cabeça das nações me puseste; mesmo um povo que não me conhecia me servirá. Ao me ouvirem, obedecer-me-ão os filhos de estranhos, e se sujeitarão a mim. Os filhos de estranhos enfraquecerão e temerão mesmo em seus fortes. Viva o Eterno! Bendito seja meu Rochedo, e exaltado seja o Deus da minha salvação. O Deus que me proporciona vingança e a mim sujeita os povos; que me resgata dos meus inimigos, me exalta sobre os que contra mim se levantaram, e do homem violento me livra. Por isso Te louvarei entre as nações, ó Eterno, e entoarei louvores ao Teu Nome. Ele engrandece as vitórias do Seu rei e faz benevolência com o Seu ungido, com David e com a sua semente, para sempre.

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